Na sessão da Câmara Municipal de Timon da última quarta-feira a prefeita Socorro Waquim que assistia a reunião passou por um grande constrangimento ao ouvir dos vereadores Joaquim das Neves e Zé Filho (PMDB), denuncias de corrupção contra o seu governo. O primeiro pronunciamento foi do vereador Joaquim das Neves que denunciou o tesoureiro da prefeitura José Carlos Oliveira (vulgo Carlão), e os secretários, Itamar Barbosa de Sousa (saúde) e Antonio Delfino Guimarães (infra-estrutura), por corrupção.
Já o vereador Zé Filho, ao se pronunciar disse que a prefeitura de Timon está cheia de ladrões e canalhas - chegando a citar o nome do secretário de limpeza João Borges.
Qual a leitura que se faz das denuncias feitas por esses dois vereadores da base aliada do governo Socorro Waquim? Como é sabido por todos os moradores de Timon que o filho do tesoureiro é candidato (pelos vários carros que já circulam na cidade com adesivos de Eduardo Oliveira), que a filha do secretário de saúde, também é candidata - assim como o secretário de limpeza João Borges, que não faz segredo para ninguém da sua candidatura; é de se supor que essas denuncias estão sendo feitas em razão do poder de fogo que essas prováveis candidaturas apresentam; o que reduz as chances dos atuais vereadores.
No entendimento dos vereadores da base governista ou não, concorrer com secretários ou filhos de secretários e filho de tesoureiro da prefeitura acaba sendo uma disputa desigual. Embora esses vereadores ganhem razoavelmente bem, mesmo assim, não dá para comparar com o poder da máquina administrativa. Um verdadeiro rolo compressor, diga-se de passagem.
Diante desse quadro preocupante para os vereadores, é fácil se chegar à seguinte conclusão: si para os vereadores a disputa pela reeleição nesses condições se apresenta muito difícil, o que dizer dos candidatos que vão partir para essa disputa, apenas com a cara e a coragem? Convenhamos que as chances sejam mínimas para os marinheiros de primeira viagem.
