O presidente do Partido dos Trabalhadores de Timon, jornalista Wellington Oliveira(
foto à esquerda), renunciou na última segunda-feira:(24/11) à presidência do partido. Em carta aberta ele justifica sua decisão apresentado vários motivos, dentre eles a situação de divisão interna que o partido passa hoje no município, onde parte de seus integrantes insistindo em ficar no governo , mesmo com a decisão da direção da sigla tendor rompido com a administração municipal. e lançado a candidatura própria de prefeita da professora Uerli Queiroz. A prefeita de Timon.
Wellington era um dos líderes do movimento no partido que defendia a expulsão dos infiéis, integrantes que preferiram apoiar a candidatura de reeleição da prefeita Socorro Waquim em detrimento da candidatura própria do partido.
O jornalista diz até que chegou a ser ameaçado de morte por conta de seu posicionamento dentro do Partido dos Trabalhadores. Confira abaixo a íntegra da carta escrita por ele: e publicada no blog de sua autoria chamado “O Timonense”.
Carta aberta aos filiados e às filiadas do Partido dos Trabalhadores em Timon.
Assumi a presidência do PT no dia 13 de janeiro de 2008 com a incumbência de planejar o partido e prepará-lo para que num futuro não muito distante pudéssemos ter as condições de governar o município de Timon. Eram muitos os planos. Eram reais as condições políticas. O cenário era de fato favorável. Do ponto de vista teórico estávamos perto de alcançarmos os objetivos que movem um partido político sério. Críamos piamente que estávamos construindo um projeto de governo para nossa cidade e que implementaríamos políticas públicas voltadas para atender aos mais necessitados em oposição à tradicional política elitista concentradora de renda e usurpadora dos bens públicos.
Mas muito rapidamente esse cenário animador foi encoberto por uma tenebrosa nuvem de decepções, desapontamentos e maus presságios. Não obstante a maioria esmagadora dos militantes e filiados do Partido dos Trabalhadores sejam pessoas honestas e dignas de estarem filiadas em um partido de trabalhadores, existem na nossa agremiação, como em toda associação humana, um punhado de inescrupulosos que se camuflam no meio de pessoas honestas para tirar proveito da entidade.
Já na minha primeira semana de gestão passei a sofrer chantagens e pressões da parte de alguns "aloprados" que acham que um partido deve funcionar como um balcão de negócios. Diziam eles que se eu não saciasse seus apetites financeiros fariam comigo o que já tinham feito com duas das minhas antecessoras e aliadas. Como a chantagem não funcionou e não cedi às pressões iniciais, esses elementos perniciosos mudaram de tática e passaram a perpetrar uma campanha para desestabilizar politicamente a minha gestão, o que não foi muito difícil já que fui eleito presidente mas nunca tive uma bancada majoritária na direção do partido. Então, armando complôs e fazendo negociatas dentro e fora do partido esses indivíduos levaram a termo seus propósitos de usar o PT para auferir lucros.
Durante todo o pleito eleitoral não foram poucas as investidas contra a minha pessoa. Desde tentativas de suborno, passando por agressões verbais e ameaças de agressões físicas, sofri até ameaças de morte. Um desses elementos chegou ao cúmulo de seguir meu carro quando estavam dentro dele apenas minha mulher e meu filho. Não se sabe ao certo para quê. Talvez para fazer pressão psicológica. A tudo isso suportei por acreditar que os nossos ideais são maiores que a ganância desses indivíduos.
Neste momento, já passado o processo eleitoral, quando resolvemos fazer um processo disciplinar e expulsar aqueles que não honraram seus compromissos para com o partido, novamente passo a receber ameaças vindas de um desses indivíduos que está visivelmente descompensado. Sabendo que agora o cordão dos "aloprados" está mais forte do que nunca e que muitos dos que estavam conosco já se renderam ao "poder de convencimento" das máquinas de governo, sou levado a reavaliar o cenário e a conclusão a que chego é de que não vale a pena continuar nessa luta inglória e quase solitária. Digo quase, porque ainda restam pessoas dignas na esfera de poder partidário local. Mas somos uma minoria esmagada.
Consciente de que sou o principal responsável por zelar pela minha própria integridade física e moral, bem como pelas de minha família, resolvi recuar estrategicamente. Perdi uma batalha. Retiro-me dessa frente para poder me preservar como uma arma viva no combate à corrupção e à politicalha que tanto mal fazem à democracia.
Através desta, comunico à Comissão Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores que renuncio ao cargo de presidente desta instituição e, ao mesmo tempo, comunico a quem tiver acesso ao conteúdo desta missiva que continuo noutras esferas, minha lida na construção de uma sociedade livre, igualitária e fraterna.
Timon, 24 de novembro de 2008.
Weliton Rodrigues de Oliveira
Presidente do PT- Timon
O novo presidente
Com a renúncia do jornalista Wellington Oliveira, quem assume o lugar dele é o vice Mizael Ferreira. Este é marido da professora Osmarina que foi candidata a vereadora nessa eleição. Uma fonte petista que não quer se identificar, nos contou que a renúncia de Wellington pode prejudicar em muito o processo de expulsão dos infiéis, uma vez que a própria do atual presidente, a professora Osmarina, também está sendo acusada de ser sido infiel com o partido nesssa eleição.
Sem carro para trabalhar
Uma fonte ligada à Secretaria Municipal de Saúde nos procurou para denunciar a situação de abandono dos PSFs( Programa Saúde da Família) de Timon. Segundo ela, as equipes de médicos e enfermeiros estão sem carros para realizar os trabalhos mais distantes. Todos os veículos estariam quebrados na oficina e não estão sendo liberados por falta de pagamento dos serviços. Com a palavra o Secretário Municipal de Saúde, Neto Neiva.
Seminário comemora 20 anos da constituição
A Faculdade São José em parceria com o Ministério Público de Timon realiza amanhã e sexta-feira(28/11), o seminário " 20 anos da Constituição". O evento será aberto amanhã( 27/11) às 19 horas no auditório do Forum. O objetivo é proporcionar aos estudantes, profissionais e sociedade em geral fazer uma retrospectiva do processo de transição de uma ditatura militar para a construção da democracia com vistas a que todos sintam-se partes na edificação desse novo estado. A inscrição será feita com a doação de um quilo de alimento não perecível.
Sem sessão
Apenas três vereadores da Câmara Municipal de Timon compareceram hoje (26/11) para a sessão da casa: Edivar Ribeiro, Jaconias Morais e Joaquim Neves.Sem palamentares, claro, não pôde haver sessão.
Presidente sem conhecer o regimento da Câmara
Um ex-vereador de Timon afirmou para o blogueiro que tem um parlamentar querendo ser presidente da Câmara sem conhecer o regimento interno da casa. E olha que é candidato considerado dos fortes.
Mais bicicletas doadas para creche
Se depender de doação de bicicletas para sortear entre os voluntários que estão trabalhando aos sábados no mutirão de construção de uma creche no bairro Venâncio Lula, a obra vai mesmo ser feita. Depois da doação da delegada Ideuzuite Matos , para o próximo está garantida uma outra bicicleta. Desta vez a doação será feita pelo advogado Widemburgo Cavalcante. Porém estão previstas mais bicicletas para serem doadas. Já estão na fila para doação, o juiz Josemilton Barros e as lojas Grafite Móveis.
Ex- ministro Edison Vidigal escreve sobre processo de Jackson Lago
O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça, Edison Vidigal fala de forma subjetiva do processo que pede a cassação do governador Jackson Lago. Mesmo não sendo direto, mas com todas as conotações desaguando sobre o processo, Vidigal dá sua opinião sobre o caso em artigo de sua autoria.. Na visão dele no artido intitulado “O Medo Engarrafado”, o grupo Sarney está fazendo muito terrorismo sobre o processo. Confira abaixo um trecho do texto do ministro que foi publicado no Jornal Pequeno e que também está no blog dele neste portal.
"O medo individual pode resultar de algum trauma causado por uma desagradável situação antiga e da qual a pessoa não conseguiu de forma saudável se desvencilhar.
Não se cura trauma psicológico, o melhor a fazer com o trauma, tão logo a pessoa o identifique, é conviver com ele.
Vamos respeitar os medos individuais. Cada um que os tenha, tem fundadas as suas razoes para os ter e até, quem sabe, curti-los esperançosamente.
O medo que se fabrica e se atira engarrafado, que nem coquetel molotov, contra o sentimento coletivo, querendo dobrar o Povo, diminuindo-o, para através da manipulação dos meios de comunicação se obter proveitos de poder político, esse medo deve ser desafiado, enfrentado e denunciado todo dia porque é produto de ações de criminosos.
A exploração do medo para alastrar pavor é terrorismo.
Esse é o medo no qual se ancoram os covardes, os que não tendo humildade para reconhecer suas rupturas e perdas, não se conformam e querem ainda, a qualquer custo, arrastar mais incautos ao vale dos caídos a que chegaram, a estação final da sua viagem final". 
Foto: Arquivo 
