TIMON: crise na arrecadação tributária
A receita orçamentária da Prefeitura de Timon aumentou 95%, saindo de 59 milhões em 2004 para 116 milhões em 2007. Surpreendente foi o desempenho da cota do Fundo de Participação Municipal (FPM) que saiu de apenas 12 milhões em 2004 para 44 milhões em 2007 representando uma variação de 253% em média. .
Se o PIB cresceu ultrapassando meio bilhão de reais em 2006 e 2007 esse vigor econômico deveria ter reflexo na arrecadação do município.
Porém, isso não ocorreu!
O crescimento das receitas tributárias da prefeitura teve um crescimento muito tímido. Saiu de 1,6 milhões em 2004 para 1,8 milhões em 2006 fechando o ano de 2007 em 2,7 milhões de reais. Contudo esse valor é inferior ao registrado em 2001 que foi de 3,5 milhões de reais.
A conclusão de se tem a priori é que a economia de Timon está mergulhada num ciclo de atraso, pois sete anos se passaram e a situação pouco mudou.
Evolução das Receitas e do Fundo de Participação Municipal de Timon (FPM) 2001-2007
2001 | 2004 | 2006 | 2007 | |
Rec Orçamentária | 32.103.657,55 | 59.980.747,61 | 106.066.883,55 | 116.900.209,52 |
Receita Corrente Líquida | 31.234.198,37 | 53.947.301,80 | 91.597.637,17 | 109.559.978,18 |
Cota FPM | 7.779.150,80 | 12.636.933,26 | 39.030.486,54 | 44.565.911,70 |
3.508.607,51 | 1.621.754,08 | 1.873.443,21 | 2.744.175,04 |
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. O autor.
A candidata do PMDB e atual prefeita de Timon afirma que mais de oitocentas empresas chegaram à cidade depois que ela assumiu a Prefeitura. Se isso é verdade porque então os tributos não aumentaram?
Ou isso não é verdade!
Se for verdade que centenas de empresas chegaram à cidade e a arrecadação não aumentou como esperado podemos apontar duas proposições. Primeira, as empresas são beneficiadas com isenção fiscal e por isso não pagam impostos. Segundo, estas empresas estão na informalidade. Qualquer uma das alternativas revela a face de um governo municipal que fragiliza a economia da cidade e confirma a péssima imagem de Timon no cenário econômico regional.
Para um entendimento melhor observe o gráfico acima.
SEBASTIÃO CARLOS - é economista e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI)
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