quinta-feira, 17 de abril de 2008

Abatedouros de Timon viram problema de saúde pública

Depois de deníuncias feitas ao Ministério Público sobre as péssimas condições de funcionamento de um abatedouro da cidade e de que o mesmo estava cometendo crime ambiental ao despejar seus dejetos no riacho do Pinto, o promotor e curador do Meio Ambiente, Antonio Borges acompanhado do juiz de direto da 4ª Vara Simeão Pereira e Silva, representantes da Vigilância Sanitária do município, radialistas e ambientalistas, fizeram esta semana uma visita aos diversos abatedouros deTimon.O cenário visto foi triste e preocupante.

A primeira denúncia foi constatada. Dejetos de um dos abatedouros são realmente jogados no riacho do Pinto. Porém observou-se que o problema vai muito além de crime ambiental. Ao visitar outros verificou-se que este segmento coloca em risco a saúde pública, pois as condições de higiene são precárias.

Ao todo foram visitados quatro abatedouros onde constatou-se mal cheiro, urubus, porcos alimentado-se de sangue de animais mortos, cachorro vira-lata passeando por entre pedfaços de animal abatido,bois mortos jogados no chão, vísceras bovina colocadas em cima de bandejas enferrujadas, funcionários sem uniforme e pior: em nenhum deles foi encontrado um veterinário que acompanhasse o abate dos animais.
A comitiva que fez a visita bem no horário dos abates dos animais, saiu chocada com a falta de higiene.

Os abatedouros visitados foram o Tacoani Carnes, Central Carnes, W. Carnes e também do empresário Goiano, sendo que este último encontra-se desativado por determinação judicial para ajustes. Os abatedouros citados abastecem dezenas de açougues da cidade de Timon. Diante do que viu, um dos um membro da comitiva chegou a brincar dizendo que iria repensar sua condição de carnívoro.

A equipe não visitou o Frigotil. Porém, membros da Vigilância Sanitária disseram que lá tudo funciona dentro das normas sanitárias.

Tanto o juiz Simeão Pereira e Silva quanto o promotor Antonio Borges vão solicitar da Vigilância Sanitária do município que envie aos proprietários as adequações necessárias para o correto funcionamento destes estabelecimentos. A partir daí, os donos dos abatedouros terão um prazo dado pela justiça para o funcionamento dentro das normas sanitárias. Caso não cumpram com as determinações, os abatedouros serão fechados.
O Ministério Público também deve realizar uma audiência pública para debater o problema junto com os proprietários (Confira nas fotos abaixo os flagrantes da visita aos abatedouros).

































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